“As drogas foram um fator importante na psicodelia”, revela Bento Araújo

  • Por Jovem Pan
  • 07/12/2016 12h19
Reprodução/Instagram

O jornalista Bento Araujo foi o convidado do Jovem Pan Morning Show desta quarta-feira (7) e falou sobre o lançamento de seu livro “Lindo Sonho Delirante – 100 Discos Psicodélicos do Brasil”, concebido através de uma campanha de crowdfunding iniciada em julho deste ano. O editor do “Poeirazine” pesquisou sobre os grandes artistas brasileiros que investiram no gênero entre 1968 e 1975 e afirmou que as drogas tiveram uma grande importância na composição de clássicos.

“A psicodelia tem a ver com droga e é um fator importante. Os Beatles mesmo usaram o LCD para inspiração da mente”, explicou.

A banda inglesa mesmo foi a grande influenciadora para que cantores do Brasil pegassem as características desse estilo musical. O movimento tropicália foi o primeiro a absorver em sua essência esse psicodelismo inglês na música nacional.  

“No Brasil, essa coisa da psicodelia bateu aqui na era pós Beatles. Isso caiu feito uma bomba e o pessoal da tropicália absorveu essa essência e nasceu o movimento, o primeiro psicodélico nacional”, contou.

Quando se fala em escolher 100 discos que representem bem a psicodelia no Brasil, parece que foi um trabalho difícil para Araujo. Mas ele fez questão de ressaltar que foi exatamente o contrário. O jornalista planejava em buscar materiais que o trouxessem até os dias atuais. O número de material foi tão grande que ele precisou escolher o período inicial apenas.

“O livro foi se tornando um monstro. Minha ideia era fazer o rock psicodélico de 1968 até hoje. Aí fui ver que tive muitas coisas nas mãos e precisei fechar até 1975”, disse.

Com um assunto que envolve um nicho não muito extenso, Araujo preferiu investir na campanha de financiamento online para não ter dificuldades em realizar o seu projeto. Conseguindo o valor necessário em apenas dez dias, ele afirma ter adorado a experiência.

“Foi fácil e bacana. Em dez dias eu bati a meta. Adorei a experiência. Quando surgiu isso no Brasil, pensei que seria uma ferramenta bacana. O fato de vender direto ao meu público me interessa. Nenhuma editora se interessaria em bancar esse projeto desde o início”, completou.

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